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Do campo à mesa - Seminário discute desafios e oportunidades da suinocultura

  • Foto do escritor: Aloisio
    Aloisio
  • 22 de mai.
  • 3 min de leitura
Coordenador Ronald Markus enalteceu o potencial da suinocultura da região - Foto: Roberta Colombo
Coordenador Ronald Markus enalteceu o potencial da suinocultura da região - Foto: Roberta Colombo

“O Vale do Taquari é referência na suinocultura. Eventos técnicos relacionados à proteína animal contribuem para difundir conhecimento, abordando temas como inovação, legislação, tecnologia, segurança alimentar, controle de processos e mercado.” A avaliação é do coordenador do III Seminário de Carnes e Derivados, Ronald Markus. O evento integrou a programação desta quinta-feira (22) da 6ª Jornada Técnica do Setor Alimentício, realizada em Lajeado.


A atividade, promovida no Clube Tiro e Caça (CTC), teve como tema central “Suinocultura – do campo à mesa”. Pela manhã, o foco esteve no primeiro elo da cadeia produtiva, da produção ao frigorífico. À tarde, as discussões se voltaram à indústria e ao mercado.


Panorama da suinocultura brasileira

Werner Meincke trouxe um panorama da suinocultura brasileira - Foto: Roberta Colombo
Werner Meincke trouxe um panorama da suinocultura brasileira - Foto: Roberta Colombo

O médico veterinário Werner Meincke, consultor da Agroceres PIC, apresentou a palestra “Um olhar sobre a Suinocultura Brasileira”, destacando o potencial do país no setor. Segundo ele, a cadeia produtiva da suinocultura emprega, indiretamente, 1,1 milhão de pessoas.


“O Brasil é celeiro do mundo, com grandes extensões territoriais que permitem incrementar a produção”, afirmou. Atualmente, o país é o 4º maior produtor e exportador mundial de carne suína, com um plantel de 2,2 milhões de matrizes, distribuídas entre agroindústrias (50%), cooperativas (30%) e produtores independentes (20%).


“O mundo precisa ampliar em até 70% o volume de produção de alimentos. O Brasil representa 41% dessa demanda de crescimento. Existem grandes oportunidades, mas é preciso manter atenção à biossegurança para preservar o status sanitário”, alertou Meincke.


Barreiras e segurança na industrialização

Luís Adriano Prestes falou de produtos shelf stable - Foto: Roberta Colombo
Luís Adriano Prestes falou de produtos shelf stable - Foto: Roberta Colombo

Na palestra “Ingredientes e outras barreiras de segurança na obtenção de produtos industrializados de suínos conservados à temperatura ambiente”, o engenheiro de alimentos Luís Adriano Prestes, gerente de vendas da Doremus, abordou os chamados produtos shelf stable – alimentos cárneos que passam por processo industrial que permite seu armazenamento fora da refrigeração até a abertura da embalagem.


Em sua explanação técnica, Prestes também abordou questões legais e etapas de desenvolvimento desses produtos. “A legislação sobre produtos shelf stable é fundamental para garantir a segurança e a qualidade dos alimentos, protegendo os consumidores de produtos deteriorados ou com perda de propriedades nutricionais”, destacou.


Entre os critérios essenciais para o desenvolvimento, citou a escolha da matéria-prima, formulação, processo de conservação, embalagem, validação da estabilidade e validação sensorial. “São critérios óbvios, mas que devem ser sempre observados. E isso vale para qualquer tipo. Não vamos fazer um produto de primeira com matéria-prima de segunda”, enfatizou.


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A programação do dia ainda abordou temas como bem-estar animal suíno, modulação biológica, desafios sanitários da criação, inocuidade da carne suína e novos mercados, com espaços para debates ao fim de cada turno.


A 6ª Jornada Técnica do Setor Alimentício foi promovida pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), com parceria do Grupo Técnico em Alimentos (GTA) e Grupo Técnico em Proteína Animal (GTPA), e apoio da Prefeitura de Lajeado. O III Seminário de Carnes e Derivados contou com o envolvimento da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Associação dos Médicos Veterinários do Vale do Taquari (Amvet), Emater/RS, Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Rio Grande do Sul (Sicadergs), Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS-RS) e Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) do Estado do Rio Grande do Sul.


Publico acompanhou seis palestras ao longo do dia - Foto: Roberta Colombo
Publico acompanhou seis palestras ao longo do dia - Foto: Roberta Colombo

 
 
 

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