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Sustentabilidade e desinformação são destaques no IV Meeting Empresarial


Guilherme Polita abordou ESG e Economia Circular - Foto: Frederico Sehn

Com a proposta de trazer as mais variadas e importantes informações para o empresariado do setor alimentício, a programação do IV Meeting Empresarial na 5ª Jornada Técnica do Setor Alimentício – Alimentaação 2023 foi aberta por Edilson Deitos e Guilherme Polita, da Zandei Plásticos, que abordaram ESG e Economia Circular. O evento fez parte do terceiro dia de atividades, concentradas no Club e Tiro e Caça (CTC), em Lajeado.


Edilson Deitos também falou sobre ESG e Economia Circular - Foto: Frederico Sehn

De acordo com eles, a sigla ESG diz respeito a políticas e ações em prol da sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa, e sua implantação independente do porte da empresa. Alertando para a urgência de práticas mais sustentáveis, os profissionais afirmaram que o plástico é uma solução, não um problema, mas que a indústria deve trabalhar com base na economia circular para que ele tenha valor e feche seu ciclo. Ao falar sobre a transformação do plástico por meio da reciclagem, cujo resultado movimenta a economia e beneficia a sociedade, Polita afirmou: “O plástico não precisa acabar, precisa circular”.

Marcos Oderich explanou sobre a desinformação na indústria de alimentos - Foto: Frederico Sehn

Como principal atração do Meeting, o vice-presidente da Fiergs e presidente do Sindicato das Indústrias da Alimentação e Bebidas do Estado do RS (SIAB RS), Marcos Oderich ministrou a palestra “Combatendo a desinformação sobre produtos alimentícios industrializados”. Na primeira parte de sua explanação, ele discorreu sobre o que chamou de “retrato da desinformação”, descrevendo uma “campanha difamatória contra os alimentos industrializados”, a qual começou quando uma nova classificação dos alimentos definiu como ultraprocessados todos os que recebem mais de cinco ingredientes. Porém, Oderich apresentou uma série de motivos que contestam tal classificação, como o fato de incluírem itens como cereais matinais, iogurtes, biscoitos e pão de forma, além de a ausência do processamento comprometer a segurança alimentar e de a relação entre esse tipo de alimento com doenças crônicas como obesidade ser questionada. “Alguns estudiosos dizem que é um erro associar os ultraprocessados com a baixa qualidade nutricional”, informou. Para ele, o cerne da questão está na classificação que induz ao erro por conta da incorreta interpretação entre “processados”, que são aqueles que recebem adição de sal, açúcar ou gordura, e “ultraprocessados”, que podem levar uma série de aditivos e ingredientes críticos que em excesso deveriam ser evitados. “A questão não é a industrialização, mas o ultraprocessamento. Esse sim destrói a matriz dos alimentos, adicionando sódio, açúcar e gordura saturada em excesso”, explicou. A partir disso, Oderich descreveu as ações do SIAB-RS, em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), para combater a desinformação, que visam desmistificar e levar informação mais adequada para a classificação desses alimentos e o que eles podem proporcionar. Entre essas ações, ele relatou o histórico de atividades e falou sobre o guia Indústria de Alimentos 2030, o qual faz um contraponto ao que está publicado no Guia Brasileiro de Nutrição.

Case da Estância das Oliveiras foi apresentado por Rafael Sittoni Goelzer - Foto: Frederico Sehn

Para fechar a programação, Rafael Sittoni Goelzer apresentou o case da Estância das Oliveiras, marca de azeites de oliva de Viamão que nasceu do sonho do seu pai de trazer um produto de qualidade para a mesa da própria família. Segundo ele, a ideia surgiu após as viagens do pai ao exterior e a constatação de que a qualidade do azeite no Brasil não era a mesma. A partir disso, ele começou a estudar pontos como solo e clima e a buscar inspirações em produtores reconhecidos, levando à Embrapa a proposta de tornar sua propriedade uma unidade de pesquisa. O principal objetivo de ser incluído no mapa nacional dos olivais era facilitar o acesso ao crédito. Cinco anos depois, veio o reconhecimento como a melhor unidade do país, mas somente passados 11 anos do primeiro plantio foi que a família começou a produção de azeite para o próprio consumo. Daí em diante, a produção contínua e exponencial permitiu o lançamento comercial da marca Estância das Oliveiras há cinco anos atrás, quando também se iniciou a participação nas primeiras premiações. “A ideia não era ganhar os prêmios, mas sim submeter os azeites aos maiores avaliadores do mundo”, revelou. Rafael ainda contou que, somente em 2023, o azeite participou de nove premiações internacionais, conquistando 74 condecorações. “Somos o azeite mais premiado do Brasil e um dos mais premiados do mundo. Nosso azeite é o único premiado em cinco continentes”, contou.


Termo de Cooperação

Termo de Cooperação com Instituto Senai garante descontos aos associados da Acil - Foto: Frederico Sehn

Durante o Meeting, a presidente da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Graciela Ethel Black, e o gerente da entidade, Antonio Juarez da Silva, juntamente com a gerente de Operações do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas, Jussânia Gnoatto, assinaram um Termo de Cooperação que garante descontos aos associados da Acil em serviços metrológicos (ensaios microbiológicos e físico-químicos de alimentos e bebidas) e em consultoria e serviços operacionais disponibilizados pelo Instituto. O intuito é promover a qualificação, inovação e o aumento da competitividade às indústrias de alimentos da região.


Termo de Cooperação com Instituto Senai garante descontos aos associados da Acil - Foto: Frederico Sehn
Público acompanhou variadas e importantes palestras - Foto: Frederico Sehn

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