Seminário evidencia potencial das empresas com investimento em tecnologia de inovação, marcas e ingredientes
- Aloisio
- há 7 horas
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“As empresas precisam inovar por uma questão de sobrevivência e pra garantir a perpetuidade dos negócios”, afirmou a coordenadora do II Seminário de Inovação, Cristina Leonhardt, na abertura do evento que reuniu mais de 200 profissionais de indústrias. Integrante da 6ª Jornada Técnica do Setor Alimentício, a atividade ocorreu hoje (22) no CTC e contou com paineis e palestras com foco nas ações e investimentos em tecnologia de inovação, marcas e ingredientes.
Com uma programação que uniu iniciativas da academia e do mercado, a plateia acompanhou explanações como a do professor e pesquisador da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Juliano Barin, que evidenciou o arrojo gaúcho em inovação. Conforme ele, o RS é o estado brasileiro que tem mais parques tecnológicas do país, somando 18, um a mais que São Paulo. Exemplo prático de quem nasceu num parque tecnológico, Giseli Buffon contou sobre o case da Syntalgae, startup que surgiu no Tecnovates e atua com biotecnologia para a produção de microalgas. Pioneira em seu projeto no Brasil, já ganhou projeção internacional e se prepara para avançar fortemente no fornecimento de matérias-primas sustentáveis para as indústrias de suplementos, cosméticos e fármacos, por exemplo.

Na palestra “Neurociência em alimentos e seu impacto na inovação”, Cláudia Costa e Lucila Vicari, da Duas Rodas, falaram sobre as metodologias sensoriais e os efeitos práticos obtidos. “A neurociência apoia esses testes, afinal a gente está falando também de emoções, de sentimentos, de sensações não declaradas, então quando você coloca o teste sensorial tradicional e as emoções, você consegue unificar essas duas vertentes”, explicou Cláudia. Conforme ela, é algo novo que está sendo trazido pela empresa em âmbito de Brasil e alimentos, embora já bastante difundido fora e praticado em maior escala em categorias como cosméticos. Para Lucila, o principal desafio pode estar em adaptar as novas tecnologias, como estatísticas e processamento de dados, bem como pessoas. “Como estamos falando da integração entre o sensorial e a neurociência, dependemos de dados humanos. Então, que as pessoas estejam dispostas a colaborar, entendam os objetivos de cada estudo e possam contribuir”, explicou. São questões inerentes ao processo para extrair os resultados acionáveis para o negócio, para o desenvolvimento de produtos que aumentem a taxa de sucesso no mercado.

Emoções e inovação
A coordenadora Cristina também frisou que é necessário ir além dos dados demográficos. “Temos que conhecer a fundo o comportamento dos usuários. Isso é fundamental para criar produtos e negócios assertivos e atuais”, definiu. Em sua palestra sobre a conexão emocional ainda explorou o valor simbólico do que se come, coerência entre a comunicação e os alimentos reais e a orientação de que é melhor lançar menos e impactar mais.

Com atuação no mercado de suplementos, a gaúcha Pincbar exibiu seu case na categoria de barras de proteína. Eduardo Rech evidenciou o “boom” no mercado “fitness” dos últimos anos, trazendo referências como o crescimento de 35% nos gastos com academias e produtos fitness em 2023. E é neste cenário que a marca se encaixa, optando pela saudabilidade, priorizando linhas sem aditivos e conservantes artificiais, feitos somente com ingredientes 100% naturais, como claras de ovos, frutas e castanhas. “Sem glúten, sem lactose e sem açúcares adicionados, garantimos sabor e nutrição em cada mordida”, salientou Rech ao mencionar as características e apelos perante a concorrência.

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